Introdução alimentar

20 mitos e verdades sobre a alimentação infantil


Desde a gravidez até o crescimento do nosso bebê, nos acostumamos a ouvir muita coisa em relação ao que pode ou não pode quando o assunto é alimentação. Mas o que é, de fato, verdade e o que não passa de mito? Confira 20 dessas dúvidas com a explicação para cada uma delas.

1. Não devemos oferecer para a criança nenhum alimento além do leite materno até os 6 meses de idade.

VERDADE. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, os bebês devem ser alimentados até os 6 meses de vida exclusivamente com leite materno.
Durante os primeiros meses de vida, o trato gastrointestinal, os rins, o fígado e o sistema imunológico do bebê encontram-se em fase de maturação. O leite produzido pela mãe o protege contra infecções e alergias, além de estimular o desenvolvimento do sistema imunológico e a maturação do sistema digestório e neurológico.
Ou seja, nada de água, suco ou aquele chazinho da vovó. O leite materno é um alimento completo para o bebê.

2. Só oferecer frutas e verduras para a criança em introdução alimentar já é o suficiente para a sua nutrição.

MITO. Frutas e verduras são essenciais para evitar carências nutricionais de vitaminas e minerais. Porém, é importante que a alimentação da criança a partir dos 6 meses de idade seja variada, colorida e que inclua diferentes grupos alimentares, como tubérculos, leguminosas, carnes e proteínas.
E não esqueça que o leite materno ainda deve ser ofertado até os dois anos de idade ou mais.

3. Deve-se bater no liquidificador a papa do bebê para ele não engasgar.

MITO. Os dentes do bebê com 6 meses estão próximos às gengivas, deixando-as endurecidas e possibilitando a trituração.
Não se deve peneirar ou liquidificar os alimentos. A comidinha deve ser amassada e ficar na consistência de um purê para que não perca as fibras dos alimentos.

4. Leite de vaca não é indicado para bebês menores de 1 ano.

VERDADE. O leite de vaca é pobre em nutrientes, como ferro e zinco, e é um dos principais responsáveis no Brasil pelo desenvolvimento de Anemia Ferropriva em menores de 2 anos. Portanto, leite de vaca não é considerado apropriado para menores de 1 ano de idade.

5. Diante da impossibilidade de aleitamento materno, deve-se indicar uso de fórmula infantil.

VERDADE. No caso de impossibilidade do aleitamento materno, deve-se utilizar uma fórmula infantil que satisfaça as necessidades do bebê. Nesse caso, a introdução de outros alimentos deverá seguir o mesmo padrão sugerido para aqueles que estão exclusivamente no leite materno. Lembrando que o pediatra é o responsável pela orientação da melhor fórmula infantil para o seu bebê.

6. Mel é saudável e pode ser ofertado para menores de 1 ano.

MITO. No primeiro ano de vida não se recomenda o uso de mel. Nessa faixa etária, esse alimento pode produzir toxinas na luz intestinal e causar botulismo.

7. Pode-se acrescentar açúcar ou leite às papas para melhorar a aceitação.

MITO. Esses acréscimos podem prejudicar a adaptação da criança às modificações de sabor e consistência das refeições. Além disso, não é recomendado a introdução de açúcar na alimentação infantil até os dois anos de vida.

8. Pode-se oferecer suco natural durante as refeições da criança após 1 ano de idade.

MITO. No momento da refeição não se deve dar sucos para a criança de 1 a 2 anos. Somente após as refeições, no copo e em dose máxima de 100ml por dia nesta faixa etária (e sem acréscimo de açúcar).

9. O uso de leite de vaca deve ser estimulado após os dois anos de idade.

VERDADE. Deve-se estimular o consumo de leite (600ml/dia), assim como de seus derivados, a partir do segundo ano de vida, visando a boa oferta de cálcio.

10. Os alimentos preferidos pela criança são os de sabor doce e muito calóricos.

VERDADE. A criança na fase de transição alimentar (2 a 6 anos) tem essa preferência porque o sabor doce é inato ao ser humano, isto é, não precisa ser “aprendido” como os demais sabores. É normal a criança querer comer apenas doces. Quando isso ocorre, cabe aos pais colocar os limites de horário e de quantidade.

11. Não se deve obrigar a criança a comer tudo que está no prato.

VERDADE. Por preocupação, algumas mães servem uma quantidade de alimento maior do que o filho consegue ingerir. O tamanho das porções dos alimentos nos pratos deve estar de acordo com o grau de aceitação da criança. O ideal é oferecer uma pequena quantidade de alimento e perguntar se a criança deseja mais.

12. Até a faixa escolar (7 a 10 anos) não se deve preocupar com o ganho de peso da criança se excessivo, pois ainda estão em fase de crescimento.

MITO. Excessos alimentares, além de provocar obesidade infantil, potencializam a possibilidade de desenvolvimento de resistência à insulina, além de aumentar o risco das doenças crônicas do adulto, como síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Por isso, é necessário o acompanhamento constante do ganho de peso e desenvolvimento da criança pelo pediatra e/ou nutricionista da criança.

13. Criança não pode comer peixe cru independente da idade.

MITO. A partir dos 2 anos a criança pode sim comer peixe cru (com higienização adequada e de boa procedência). A partir dessa idade, o sistema imunológico da criança está mais desenvolvido. Porém, como os alimentos com peixe cru podem se deteriorar facilmente, qualquer infecção antes dos 2 anos pode ser grave.

14. Leite de soja é melhor que leite de vaca.

MITO.O leite de soja pode substituir o leite de vaca em caso de intolerância à lactose. Mas o leite de vaca possui mais cálcio, sendo assim é mais indicado de forma geral.

15. É melhor para o bebê comer frutas sem casca.

MITO. A fruta com casca possui maior quantidade de nutrientes. Deve-se lavar bem as frutas e dar preferência por alimentos orgânicos.

16. Alimentos industrializados devem ser evitados.

VERDADE. Os alimentos industrializados são ricos em açúcar, gorduras, sódio, conservantes e corantes, e estes devem ser evitados, principalmente nos primeiros anos de vida.

17. Pode-se substituir a água por água de coco, pois é mais saudável.

MITO. Deve-se incentivar o consumo de água potável após a introdução da alimentação complementar, e não utilizar água de coco como substituto da água.

18. A alimentação completar deve ser oferecida sem rigidez de horários.

VERDADE. A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, é importante uma rotina alimentar, mas sempre respeitando-se sempre a vontade da criança. É importante a oferta frequente de alimentos de alto valor nutricional, atendendo a demanda da criança, em pequenas quantidades e mais vezes ao dia.

19. Bebês devem receber suplementação de vitamina D.

VERDADE. A necessidade diária da criança em seu primeiro ano de vida é de 400 UI de vitamina D. E a Sociedade Brasileira de Pediatria indica a suplementação de Vitamina D para recém-nascido, desde a primeira semana de vida, mesmo que em aleitamento materno exclusivo ou fórmula infantil. Essa suplementação deve ser feita pelo pediatra e/ou nutricionista que acompanha a criança.

20. Crianças menores de 1 ano não devem ingerir ovo.

MITO. Após iniciação da alimentação suplementar, o ovo é uma proteína que pode e deve ser incluída no cardápio do bebê maior de 6 meses. Não há necessidade de restrição de alimentos contendo proteínas potencialmente alergênicas (como ovo, peixe, carnes bovina, de frango ou suína). Deve-se evitar apenas a introdução simultânea de dois ou mais alimentos fontes de novas proteínas para avaliar possíveis reações e facilitar a identificação da causa.

*Finalizar o texto com alguma chamada para as comidinhas da Mi Petit, algo como “a Mi Petit é uma empresa comprometida em seguir todas as orientações do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, referentes a alimentação infância. Quer conhecer mais? Acesse o nosso site… Algo assim. *
Fonte: www.sanarmed.com

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