A primeira papinha é um momento sonhado e idealizado por toda família. E não é por menos, em média, após 6 meses consumindo um único alimento é chegado o momento da criança provar novos sabores e novas texturas. Quanto mais segura e bem informada a família estiver, mas tranquilo e proveitoso será o momento da introdução alimentar.

Por isso, gostaríamos de dividir com você 5 dicas que já ajudaram muitas mães a terem sucesso nessa fase tão importante para o desenvolvimento do bebê. Confira todas as dicas a seguir!

1. Respeite a individualidade do seu bebê

Cuidado com as grandes expectativas. No início o bebê come pouco mesmo e aos poucos vai aumentando as quantidades. É normal o bebê fazer caretinhas e colocar a língua para fora nas primeiras colheradas, afinal, são novos sabores e novas texturas. Por isso, tenha muita paciência. Nunca force o bebê a comer. Deixe que esse processo ocorra da forma mais natural possível, respeitando sempre a aceitação do seu filho.

Caso o bebê não queira comer um determinado alimento, não desista tão facilmente! De acordo com especialistas, é preciso oferecer de 12 a 15 vezes um alimento até que a criança realmente tenha a percepção se gosta ou não do alimento.

Faça isso de forma espaçada e sem forçar. Se o bebê rejeitar, ofereça o alimento novamente em outra ocasião. Lembre-se: a introdução alimentar deve ser um momento de aprendizado, amor e muito carinho entre o bebê e a família.

2. Envolva toda a família nesse processo

Esse é um ótimo momento de melhorar a alimentação de toda família. Não existe criança saudável sem família saudável. A criança é influenciada fortemente pelos pais, então, se você deseja que ela tenha hábitos saudáveis, você e sua família devem ser o exemplo de alimentação saudável.

Imagina só você insistir para que a criança coma beterraba, se ninguém na sua casa come beterraba! Lembre-se que esse é o momento para que sua família comece a ter hábitos mais saudáveis, começando pelas refeições.

Não só na questão alimentar, a família deve se envolver em todas as etapas da introdução alimentar. Trazer os irmãos mais velhos para comer junto do bebê ou ainda trazer o bebê para refeições em família é uma ótima forma de estimular o convívio familiar durante as refeições.

3. Organize a rotina do bebê e da família

Para a criança comer bem é fundamental estipular uma rotina com horários. Assim fica mais fácil conciliar o horário das refeições com os horários das mamadas e das sonecas. Criança com rotina come muito melhor.

Isso é explicado pelo funcionamento do nosso relógio biológico. Quando determinamos um horário para comer, dormir, entre outras ações do dia a dia, o organismo do bebê começa a se adaptar a rotina.

Ou seja, quando chegar a hora de comer, a criança já estará com fome e entusiasmada para almoçar ou jantar. O relógio biológico prepara o organismo do bebê para as refeições, sonecas e ainda contribui para um bom funcionamento de todo o organismo.

4. Planeje um cardápio e organize as compras

O cardápio estimula a oferta de alimentos variados além de ajudar no planejamento das compras. Não precisa ser nada muito elaborado, mas precisa ser organizado. O ideal é que você respeite cada fase da introdução alimentar para elaborar um cardápio que estimule o desenvolvimento do bebê em cada etapa.

Por exemplo, na fase inicial da introdução alimentar é indicado oferecer papinhas de frutas e legumes amassados. Ao chegar no 7º ou 8º mês do bebê, é possível oferecer comidinhas mais consistentes, como frutas inteiras para que a criança possa desenvolver a mordida.

Sendo assim, o cardápio deve respeitar todas essas fases e oferecer uma grande variedade de alimentos. A variedade dos alimentos contribui para uma nutrição completa e estimula o desenvolvimento do paladar do bebê.

Além disso, contar com um cardápio é fundamental para organizar corretamente as compras. Sabendo exatamente as refeições que você precisará fazer, é muito mais fácil organizar a lista de compras e ter sempre tudo que você irá precisar em sua casa.

5. Ensine e aprenda com a introdução alimentar

Aproveite esse momento especial não só para ensinar novos sabores e texturas para o seu bebê mas também para aprender muito com essa nova fase. Aprendemos a ter paciência, organização, disciplina e muito mais ao iniciar a introdução alimentar.

Afinal, começar é o primeiro passo, mas manter uma introdução alimentar saudável e planejada para seu bebê não é algo tão fácil. Na correria do dia a dia, muitas pessoas acabam recorrendo a alimentos industrializados para compensar a falta de tempo, porém, todo mundo sabe que essa não é a melhor solução.

Por isso, quando estamos verdadeiramente envolvidos com a introdução alimentar aprendemos muito mais do que ensinamos aos pequenos.

Principais recomendações para a introdução alimentar

O Ministério da Saúde e a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendam que o bebê se alimente exclusivamente de leite materno até os 6 meses de vida. Após completar 6 meses, é recomendado iniciar a introdução alimentar.

Diversos órgãos importantes aconselham que a amamentação seja mantida durante a introdução alimentar e se estenda até os 2 anos de idade se possível. Dessa forma, a criança receberá todos os nutrientes necessários para um desenvolvimento saudável, além de manter uma boa imunidade nos primeiros anos de vida.

Esses órgãos também recomendam um cronograma para a introdução alimentar considerando a idade do bebê e os tipos de comidinhas indicadas para cada fase. Veja a seguir um resumo dessas recomendações:

  • 6 meses – papinhas salgadas e de frutas amassadas manualmente para facilitar a deglutição;
  • 7 a 8 meses – papinhas salgadas e de frutas mais consistentes, com pequenos grãos para estimular a mordida;
  • 12 meses – comidinhas consistentes em tamanhos pequenos para facilitar a deglutição e estimular a mordida. A partir dessa idade, o Ministério da Saúde recomenda que o bebê comece a comer refeições parecidas com o restante da família.