No dia a dia das famílias com bebês e crianças pequenas, a alimentação pode se tornar um desafio, especialmente quando o bebê começa a recusar a comida. Essa situação é bastante comum, especialmente a partir do primeiro ano de vida, quando o ritmo de crescimento da criança desacelera e, como consequência, seu apetite pode diminuir. Mães e pais ficam preocupados ao ver que o bebê come menos do que o esperado, o que pode gerar frustração e ansiedade.
Segundo oGuia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, elaborado pelo Ministério da Saúde, esse comportamento é normal e está relacionado a vários fatores. Um deles é que, à medida que a criança cresce, ela começa a prestar mais atenção aos detalhes dos alimentos, podendo se tornar seletiva com o que aceita no prato. Além disso, fatores como cansaço, irritação ou lanches entre as refeições podem impactar o apetite.
O que fazer nessa situação?
A paciência é essencial. Forçar a criança a comer ou impor regras rígidas, como não deixar sair da mesa até terminar o prato, pode acabar associando a refeição a momentos de estresse, o que não é saudável. É importante observar e respeitar os sinais de saciedade do bebê. Ele sabe quando está satisfeito, e tentar “forçar a barra” com brigas, chantagens ou recompensas pode criar uma relação negativa com a comida.
Algumas dicas importantes para lidar com esse desafio incluem:
- Respeitar o apetite: entender que, especialmente após o primeiro ano de vida, a criança pode comer menos, mas isso é natural e esperado.
- Evitar distrações: tente manter um ambiente tranquilo na hora das refeições, sem distrações como televisão ou brinquedos, para que a criança possa focar na comida.
- Cuidado com o tamanho das porções: não encha o prato, ofereça quantidades menores e deixe a criança pedir mais, se desejar.
- Não use comida como prêmio: oferecer guloseimas ou brinquedos como forma de convencer a criança a comer pode criar uma associação errada entre alimentação e recompensa.
Para as crianças menores de 1 ano, vale lembrar que o leite materno continua sendo a principal fonte de nutrientes. Portanto, se o bebê está saudável e em bom desenvolvimento, não há motivo para pânico.
Criar um ambiente acolhedor e sem pressão durante as refeições é a chave para garantir que o momento seja agradável e construa hábitos alimentares saudáveis desde cedo.